tradições de casamento

Casamento é um ritual repleto de tradições. No entanto, cada vez mais, costumes que eram indispensáveis já não são seguidos à risca ou até estão caindo em desuso. Afinal, o seu casamento não precisa ser como foi o dos seus avós ou até mesmo igual ao de seus pais. 

 

Casar na igreja

A imagem que vem à mente das pessoas quando se diz a palavra casamento, geralmente é a de uma cerimônia feita na igreja, mas já faz um tempo que isso está mudando. “A igreja não é mais o desejo de consumo das noivas. Atualmente, cerca de 50% dos casamentos já são realizados no mesmo local em que a festa será comemorada”. Além disso, esse aumento de cerimônias feitas no mesmo local da festa se deve ao fato, também, da redução de custos e da flexibilidade quando, claro, os noivos não são tão religiosos ou quando são de religiões diferentes “Quando você faz a cerimônia no espaço da festa, pode dar mais personalidade e deixar o ritual com o estilo do casal”, completa.

Véu da Noiva: 

Na Grécia Antiga o véu protegia a noiva do mau olhado. Já na Idade Média, representava status, nobreza e era usado como peça do vestuário feminino, para o dia-a-dia, quanto maior o véu mais riqueza aquela mulher possuía, além de proteger a pele das nobres do sol. Para os católicos o véu está ligado a figura de Maria, símbolo de pureza e virgindade. Hoje, o também representa pureza mas, é usado, principalmente para deixar a noiva com um ar mais angelical e misterioso.

Alianças:

A palavra aliança surgiu por volta do século XV, provavelmente na França. Mary de Burgundy foi a primeira noiva da história a usar uma aliança como sinal de amor e união duradoura. A iniciativa de presenteá-la com um anel de diamantes foi de seu noivo, o Arquiduque Maximilan da Áustria, em 1477.

A forma circular do anel, sem começo nem fim, seria um prenúncio da continuidade do amor e devoção ao longo da vida do casal.

O costume de usar o anel no dedo anelar da mão esquerda parece ligado a uma crença antiga. Acreditava-se que nesse dedo existia uma veia que ia direto para o coração. O dedo anular esquerdo tornou-se, assim, o dedo da aliança de casamento em diversas culturas.

 

Amêndoas: Os italianos acreditam que as amêndoas trazem felicidade aos noivos. São oferecidas cinco, envoltas num tule. Cada uma das amêndoas tem um significado. São eles: saúde, riqueza, vida longa, fecundidade e felicidade.

 

Beijo: O primeiro beijo trocado pelos noivos no encerramento da cerimônia teve diversos significados ao longo dos tempos. Muitas culturas acreditavam que o casal trocava espíritos na respiração e parte de suas almas também eram compartilhadas.O beijo nupcial que se pratica em alguns países teve a sua origem na época feudal. Significa uma homenagem que o noivo fazia à família da noiva.

 

Bem Casados: Os bem-casados denotam uma doce união.

 

Grinalda: A grinalda faz com que a noiva se pareça com uma rainha, diferenciando-a dos convidados. Quanto maior a grinalda, maior era o símbolo de status e riqueza.

 

Lua-de-mel: Tem origem no povo germânico, pois era costume se casar na lua nova. Na cerimônia, os noivos bebiam uma mistura de água com mel para proporcionar boa sorte. O costume também poderia ter nascido em Roma: os convidados pingavam gotas de mel na porta de entrada da casa dos noivos, para que estes tivessem uma “vida doce”.

A lua-de-mel é também uma sobrevivência do casamento com rapto, quando o marido mantinha a sua “esposa seqüestrada” escondida, para evitar que esta chamasse os parentes em seu auxílio. Lá eles permaneciam por uma fase da lua e bebiam uma espécie de vinho à base de mel para torná-los mais apaixonados.

Noiva do lado esquerdo do noivo:

Durante a celebração do casamento, a noiva se posiciona no lado esquerdo do noivo. É uma tradição que remonta à Idade Média: se algum homem tentasse “roubar” a futura esposa do noivo, este a defenderia com a espada, usando o braço direito para o combate. Outros dizem que, quando a noiva fica no lado esquerdo, afasta o risco da infidelidade

 

Noivo não pode ver a noiva vestida para a cerimônia:

É uma tradição milenar praticada por quase todos os povos. Em alguns países árabes, o casamento, especialmente dos muçulmanos, ainda hoje é celebrado entre o pretendente e o pai da noiva (esta aguarda em outra sala). Somente depois da celebração do casamento pelos homens é que a noiva se encontra com o futuro marido. A tradição também ensina que o homem não deve tocar em nenhum pertence da noiva, para não quebrar o encanto do matrimônio. Pode-se tocar apenas em objetos de vidro e ouro.

 

Vestido:

A cor branca do vestido de noiva só foi popularizada no século XIX, no casamento da Rainha Vitória. Ela lançou a moda que permanece até os dias atuais. Antes disso, não havia cor específica para a cerimônia; a cor mais usada era o vermelho, que simbolizava “sangue novo” para a continuação da família. O branco acabou sendo o preferido, por simbolizar a castidade e a pureza.

 

Bolo de casamento

A tradição de oferecer bolos em datas especiais é antiga e sua origem mais provável se deve ao uso do trigo, ingrediente principal da massa, que é também símbolo de prosperidade e fertilidade. É um verdadeiro amuleto de sorte para o casal. Mas essa tradição está bem dividida atualmente. Alguns optam por ter o bolo todo de mentira, só para manter a tradição. Outros determinam somente uma parte do bolo verdadeiro para conseguir fazer o corte simbólico. “Muitos casais comentam que a maioria dos convidados não comem e, por isso, acham um desperdício ter. Sabem que é uma tradição, mas, na grande maioria das vezes, não sabem o seu significado”.

 

Casais de padrinhos

Na hora de organizar o casamento, os noivos já pensam nos padrinhos como casais. Mas essa também não é uma tradição obrigatória. “Antes, não podiam nem pensar em colocar no altar um lado de mulheres e outro apenas de homens. Atualmente, isso é muito mais comum, principalmente quando o casal é jovem e tem poucos amigos casados”.

 

Buquê de flores naturais

“Acredita-se que o buquê de noivas surgiu no Império Romano. Naquela época, as noivas carregavam um buquê de ervas aromáticas, que tinha o intuito de afastar os maus espíritos. Com o passar do tempo, elas foram sendo substituídas por flores, já que a igreja não via com bons olhos a tal história dos maus espíritos. As flores foram escolhidas graças ao significado de fertilidade e de realização na vida”, Nos dias de hoje, a maioria dos buquês escolhidos pelas noivas são feitos de flores naturais, mas há outras opções, como flores de tecido, flores aramadas, Buquê de Pérolas os buquês de broches, que podem ganhar peças de família, agregando ainda mais significado para o ornamento.

 

Chuva de arroz

“Essa é uma tradição originada na China e na Índia, que surgiu com base na crença de que o grão de arroz traz prosperidade e fertilidade. Mas a maioria das igrejas não permite mais este ritual por questão de limpeza, já que normalmente acontecem outros casamentos na sequência. Nos tempos de hoje os casais optam que após a entrada dos padrinhos e antes da entrada do noivo uma criança entra jogando no caminho os grãos (A criança escolhida deve ter um significado importante para os noivos)

 

Daminha e Pajem

O cortejo de damas e pajens em casamentos teve origem na Idade Média, quando as crianças vestiam suas melhores roupas para esperar a chegada da noiva na entrada da vila. Ao avistarem a carroça, colhiam flores, avisavam aos moradores sobre o início da cerimônia e corriam para a igreja. Na época, era costume crianças e convidados levarem os noivos ao altar.

Eles são fofos e arrancam interjeições dos convidados, mas não são obrigatórios. As crianças são anjos e significam pureza, as damas de honra devem acompanhar a noiva até o altar com a missão de distrair os maus espíritos que querem impedir o casamento”,. Para aqueles que gostam desta opção, acabam convidando sobrinhos, afilhados, primos ou filhos de amigos. 

Daminhas crescidas Nos Estados Unidos e Europa, é muito comum convidar adultos para a função de daminhas e pajens. “No Brasil, não é tão comum, mas existem noivas que chamam uma amiga ou amigo querido, os avós e até um casal que serviu de cupido aos noivos. Muita gente também chama aquela amiga que deveria ser madrinha, mas não tem ninguém para acompanhá-la ao altar, por exemplo. É uma forma carinhosa de homenagear os escolhidos”. No entanto, a presença de daminha e pajem não é quesito essencial para o casamento. “O casal, em vez de convidar crianças, pode substituí-las por familiares mais próximos, como os avós, por exemplo, que não costumavam ter grande visibilidade no casamento”.